Antes de iniciarmos, sugiro ler o último texto que postamos aqui no BLOG sobre “Recessão Local”…abra como uma nova aba e volte assim que terminar, pois ele serve como uma excelente introdução ao que será abordado aqui. Mas, para facilitar, o texto disserta sobre a retração na atividade geral da economia (movimentos causados intencionalmente) e como isso afeta a dinâmica econômica local.
Feito isso, vamos à leitura…
A recessão pode ser gerada por fatores que poderiam significar um cenário econômico positivo, mas que, na prática, acabam acarretando em problemas na economia, como a que os EUA (especialmente) vivem atualmente, resultado da abundância de circulação de moeda.
Contextualizando, o governo dos EUA, em função de um choque de consumo (provocador pela crise sanitária global) a fim de estimular e manter o nível de demanda por serviços e produtos, imprimiu e injetou capital e liquidez na economia. Porém, a cadeia produtiva não acompanhou a elevação da demanda, gerando um consequente aumento dos preços, ou seja, INFLAÇÃO por oferta.
Na ponta oposta, a recessão também pode ser ocasionada por uma deterioração no nível de poder de compra da população e gargalos na circulação de moeda. Em suma, as fábricas reduzem as atividades, o desemprego sobe e o PIB diminui.
Dessa forma, o governo precisa anunciar e promover planos assistenciais e redução tributária, com políticas expansionistas, elevando o crédito e gasto público (contração de dívidas), resultando em um aumento “artificial” na demanda por produtos…O início de uma inflação ocasionada por demanda.
Para ambos os casos, quando há uma constatação de uma inflação resiliente e duradoura, o governo precisa agir rapidamente, assim como o Banco central. E o que eles fazem para contornar a situação?
Ajustam a taxa de juros para frear a propensão ao consumo, a fim de retomar a oferta e demanda à níveis entendidos como ideias para o país.
Chegamos assim ao entendimento do famoso ditado: “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, justificando as medidas governistas graduais.
Crise, Recessão e Depressão
A diferença básica entre tais situações econômicas são: duração e intensidade, tendo em comum a retração do PIB e a deterioração dos níveis de atividade e emprego.
Por fim, com objetivo de aprofundar o tema, trago jargões do mercado utilizados para caracterizar o tipo de recessão e recuperação econômica:
Recessão no formato “U”: apresenta um período mais longo no momento de contração e retomada gradual do nível de atividade econômica;
Formato “V”: usualmente citado como resultado de impactos rápidos e expressivos, porém com recuperação igualmente acelerada;
Formato “L”: ocorre quando a economia não volta a crescer e retoma patamares anteriores, atingindo assim, o nível de depressão.
