As bolsas internacionais acordam no vermelho. A aversão ao risco, junto com melhores oportunidades em renda fixa (vulgo alta na taxa de juros americana), fazem o movimento se acentuar: e lá se vão mais de 25% de queda no ano…
O que parecia ser uma subida de foguete, agora desce de carrinho de rolemã… Será que não é mais atrativo investir em empresas dos Estados Unidos? A maior economia do mundo?
E na Europa? O movimento também tem sido de queda? O que está acontecendo com as super potências? Essas economias, que cresciam tanto, não crescem mais?
Não é bem assim…
O mundo, desde 2020, tem sofrido com a pandemia da Covid-19 e seus diversos efeitos negativos. Para piorar ainda mais o que já estava ruim, no começo do ano tivemos a notícia de que a Rússia estava entrando em conflito armado com a Ucrânia por uma eventual tentativa de entrar para a Organização do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar intergovernamental.
E aquela história de “oferta e demanda” que dita os jogos. Hoje, os investidores do mundo todo – tirando o “diferentão” Brasil – estão mais cautelosos e preferindo ativos mais seguros, afinal, não sabemos se teremos uma 3º Guerra Mundial.
O fato do mundo inteiro estar preferindo ativos mais seguros, indo na contramão/contra o efeito manada, é possível encontrar ótimas oportunidades de investimentos a preço de banana.
Ao olharmos para uma janela de longo prazo, momentos como estes são ideias para conseguir bons valuations e, ao decorrer do tempo, rebalancear a carteira conforme o perfil do investidor. Mas uma coisa é certa: não existe “timing” perfeito! O melhor dia foi ontem e, o segundo melhor dia é hoje!
Mas, voltando às bolsas mundiais, seguindo o mesmo raciocínio: seria esse o momento de entrar em ações internacionais? A resposta é sim (se você não for um trader). Imagine só virar sócio de empresas como Google (GOGL34), Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34) com múltiplos extremamente descontados? É o que estamos enxergando no momento.
No entanto, como rentabilidade passada não significa rentabilidade futura, utilizar apenas coeficientes de preço e lucro para analisar é um tanto quanto arriscado. Mas, mesmo se tratando de uma economia com maior aperto monetário e possibilidade de inflação contínua, os Estados Unidos ainda é uma das principais potências mundiais, com um PIB de mais de US$ 20 trilhões e a moeda mais forte do mundo. Se tem um país mais confiável que este, eu desconheço…