Tudo o que você precisa saber sobre criptoativos
Fundos de Criptoativos

Tudo o que você precisa saber sobre criptoativos

A Chicago Mercantile Exchange (CME), uma das mais importantes bolsas de derivativos do mundo, iniciou a negociação de minicontratos futuros de bitcoin em maio de 2021. 

No mesmo ano, o primeiro Exchange Traded Fund (ETF), ou fundos de índice em tradução livre, baseado no bitcoin começou a ser negociado na bolsa de Nova York

A CNN Brasil declara que o fato foi “um passo importante para o setor dos criptoativos, além de ser considerado uma forma de aproximar investidores de varejo das criptomoedas”.

Se antes, as moedas digitais eram negociadas sem nenhuma regulamentação, agora existem fundos de investimento ou derivativos, que se enquadram na categoria de criptoativos, que permitem aos investidores ampliarem suas aplicações e possibilidades nesta modalidade, de maneira legal e otimizada.

Continue a leitura e confira como investir em criptoativos na bolsa de valores brasileira e através dos fundos. 

O que mais você irá ler: 

Mercado de cripto em 2022 no Brasil
Como investir em cripto na bolsa brasileira?
Explicando fundos de criptomoedas
Vantagens e desvantagens de investir em criptoativos?
Criptomoedas e Imposto de Renda: como declarar?
O que avaliar na hora de escolher a corretora para investir em cripto?
O que você precisa lembrar sobre criptoativos

Mercado de cripto em 2022 no Brasil

No Brasil, a Receita Federal explica que um criptoativo “pode ser utilizado como forma de investimento, instrumento de transferência de valores ou acesso a serviços, e que não constitui moeda de curso legal”.

Em setembro de 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após a atualização da Instrução Normativa nº 555, permitiu que fundos brasileiros passassem a fazer operações com criptoativos. 

O Banco Central tem feito testes e estudos para o lançamento do chamado real digital, um criptoativo nacional que possivelmente utilizará a tecnologia blockchain, como o bitcoin.

Segundo nota à imprensa, o eventual desenvolvimento de uma moeda digital no Brasil tem o objetivo de:

  • acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira; 
  • aumentar a eficiência do sistema de pagamentos de varejo; 
  • contribuir para o surgimento de novos modelos de negócio e de outras inovações baseadas nos avanços tecnológicos; 
  • favorecer a participação do Brasil nos cenários econômicos regional e global, aumentando a eficiência nas transações transfronteiriças.

O real digital poderá ser uma moeda digital do Banco Central, reconhecida oficialmente como moeda brasileira, como já acontece nas Bermudas, país pioneiro na criação deste produto. 

Como investir em cripto na bolsa brasileira?

O investidor pessoa física pode aplicar em criptoativos na bolsa de valores através dos ETFs, como o ETF Hashdex Nasdaq Cryto Index, primeiro fundo de índices de criptomoedas disponibilizado na B3, sob o ticker HASH11.

Esse ETF oferece ao investidor exposição a uma carteira teórica do Nasdaq Crypto Index e segue a mesma dinâmica de negociação dos demais fundos listados na bolsa brasileira.

Depois do HASH11, mais quatro fundos foram lançados na B3 em 2021:

  1. QBTC11, primeiro ETF exclusivamente de bitcoin da América Latina;
  2. QETH11, derivativo do ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum;
  3. BITH11, ETF baseado em bitcoin;
  4. ETHE11: também baseado no ether.

Explicando fundos de criptomoedas

O mercado brasileiro disponibiliza algumas opções de fundos de investimento em criptomoedas

Eles podem ser direcionados para investidores profissionais (que possuem mais de R$10 milhões em investimentos), qualificados (que têm valores iguais ou superiores a R$1 milhão) ou para o varejo

Um bom exemplo são os fundos Hashdex 20 NCI, destinado para quem deseja ingressar no mercado cripto, e o Hashdex 40 NCI, ideal para quem já conhece e busca aumentar a exposição em criptoativos para diversificar o seu portfólio.

Vantagens e desvantagens de investir em criptoativos?

O mercado de criptoativos possui alto potencial de valorização e contribui para a diversificação de uma carteira de investimentos. Outra vantagem dessa classe de ativos está na aplicação inicial que costuma ser baixa, logo acessível a muitos investidores.

Por outro lado, esses ativos virtuais possuem risco de fraudes, especialmente em ambientes não fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central, como as exchanges.

Há ainda o risco de liquidez e a alta volatilidade, por isso as negociações com criptoativos são destinadas a quem possui perfil de investidor com maior tolerância ao risco. 

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) reforça que “esses ativos atualmente não representam risco sistêmico, mas podem trazer diversos tipos de riscos para os bancos, incluindo riscos de liquidez, de crédito, de mercado, operacionais (incluindo de segurança cibernética e fraudes), de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo e riscos legais e reputacionais”.

Por este motivo, é mais seguro investir em criptoativos através dos fundos de investimento e ETFs, uma vez que esses instrumentos são amparados pela regulamentação.

Criptomoedas e Imposto de Renda: como declarar?

A partir de 2019, a Receita Federal começou a exigir que o contribuinte declare os rendimentos com criptoativos no Imposto de Renda. 

No ano de 2021, novos códigos específicos para a declaração foram criados para diferenciar os tipos de criptomoedas negociadas no mercado. 

Mas atenção! Só paga imposto o investidor que fez negócios acima de R$35 mil por mês. As regras gerais de ganhos de capital impostas pela Receita Federal incidem sobre o lucro dessas negociações e seguem as alíquotas progressivas abaixo:

GanhosTributação
Abaixo de R$ 5 milhões15%
Entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões17,50%
Entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões20%
Acima de R$ 30 milhões22,50%

Fonte: Receita Federal do Brasil.

O imposto deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte ao das transações, através de um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), usando o código de receita 4600.

As operações com criptoativos sempre devem ser comunicadas à Receita. Na declaração, o contribuinte informa o tipo de criptomoeda que adquiriu e a que preço, através dos códigos abaixo:

CódigoAtivoQuando declararExemplos
81Bitcoin – BTCValor de compra igual ou maior a R$5.000,00
82Outras moedas digitais (altcoins)Valor de compra igual ou superior a R$5.000,00Ether (ETH), Ripple (XRP), Bitcoin Cash (BCH), Tether (USDT), Litecoin (LTC), Brazilian Digital Token (BRZ), USD Coin (USDC), TUSD, Cardano (ADA), Binance USD (BUSD), entre outros
89Outros criptoativos como tokens.Valor de compra for igual ou superior a R$5.000,00Chiliz (CHZ), Binance Coin (BNB), Chainlink (LINK), Tokens de Precatório (MBPRK03), Tokens de Consórcio (MBCONS02), WiBZ (WBZ), PAX Gold (PAXG), entre outros

Fonte: Receita Federal do Brasil.

Nas aplicações via ETFs, o lucro é tributado à alíquota de 15% e o recolhimento é feito via DARF. Já nos fundos de criptomoedas a tributação é direto na fonte e segue a tabela regressiva do IR.

O que avaliar na hora de escolher a corretora para investir em cripto?

Ao decidir investir em criptoativos ou em outros ativos do mercado financeiro, busque uma corretora de valores reconhecida e com boa reputação no mercado. Avalie seus custos e o suporte operacional oferecido.

Essas instituições não costumam cobrar a abertura e manutenção de uma conta investimento. O cadastro é feito virtualmente pelo site ou aplicativo de celular, de forma rápida e fácil.

Opte pelas plataformas que orientem os seus clientes, seja sobre a regulamentação dos criptoativos, ou outras informações relativas aos riscos de investimentos em renda fixa e variável

A educação financeira contribui com escolhas mais assertivas, alinhadas aos seus objetivos, horizonte e perfil de risco.

O que você precisa lembrar sobre criptoativos

As transações com criptoativos reguladas no Brasil representam uma forma segura de participar desse mercado e são uma alternativa para balancear sua cesta de ativos em renda variável

O investimento em criptoativos pode ser feito através de ETFs ou por fundos de investimentos. Esses ativos possuem uma rentabilidade atrativa, assim como uma alta volatilidade, por isso recomendáveis a investidores de perfis moderados a arrojados.

Na hora de escolher qual fundo utilizar, fique atento aos custos com taxas de administração e taxa de performance, que podem afetar a rentabilidade líquida de seu investimento.

Avalie as informações sobre operações com criptoativos com cautela. Rentabilidade garantida, inexistência de taxas, pressão para participar das transações financeiras imediatamente são alguns sinais de irregularidade.

Aqui na MyCAP, você tem acesso ao mercado cripto regulado e pode diversificar seus investimentos com segurança. 

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