O Custo de Oportunidade é uma teoria econômica que descreve a escolha entre duas – ou mais – opções, afinal toda escolha tem um custo. Essa teoria afirma que, ao escolher uma opção, você está perdendo a oportunidade de escolher a outra.
Neste conteúdo vamos explicar o que é Custo de Oportunidade, para que serve e muito mais.
A seguir, confira como abordaremos esse assunto:
- O que é Custo de Oportunidade?
- Para que serve o Custo de Oportunidade?
- Tipos de Custo de Oportunidade
- Como calcular o Custo de Oportunidade?
- Custo de Oportunidade nos Investimentos
O que é Custo de Oportunidade?
O Custo de Oportunidade (em inglês chamado de opportunity cost) não é um custo literal. É uma expressão que se refere ao valor que você perde ao escolher uma opção em vez de outra. Por exemplo, se você escolhe gastar seu dinheiro em um apartamento, então o Custo de Oportunidade é o valor que você perdeu ao não usar aquele dinheiro para comprar outra coisa.
Na prática, o Custo de Oportunidade é importante para tomar decisões informadas e inteligentes. Se você avaliar todas as opções e seus possíveis custos, você pode tomar decisões que melhor atendam às suas necessidades.
É basicamente o que está no ditado “para cada escolha, uma renúncia”, representando uma relação direta entre escolha e escassez. O custo de oportunidade é uma estrutura que nos ajuda a entender as escolhas e pode ser usado para ajudar a selecionar a melhor escolha de como usar um recurso escasso (tempo, dinheiro, etc.).
Para que serve o Custo de Oportunidade?
O Custo de Oportunidade é a diferença entre o valor potencial de uma opção escolhida e o valor potencial da melhor alternativa que pode ter sido seguida. O custo de oportunidade foi desenvolvido como um modo de avaliar o valor real de uma escolha. Ele é usado para ajudar a determinar se a melhor escolha foi feita.
Por exemplo, se uma pessoa optar por investir tempo e dinheiro em um projeto particular, ela pode calcular o custo de oportunidade de não ter investido em outro projeto mais lucrativo. Isso ajuda a determinar se a escolha foi vantajosa ou não. O custo de oportunidade é usado como um meio de avaliar alternativas e escolher a melhor. É um conceito importante que ajuda as pessoas a tomar decisões informadas e entender o impacto de suas escolhas.
Tipos de Custo de Oportunidade
Existem principalmente quatro tipos de custo de oportunidade. Veja eles a seguir:
Custo de Oportunidade Escondido
O Custo de Oportunidade Escondido (COE) é o custo de oportunidades que não são visíveis ou não são consideradas quando se toma uma decisão. O COE é um tipo de custo que não é imediatamente identificável, pois não é assumido nem reconhecido. É o custo de oportunidades perdidas quando uma decisão é tomada.
Custo de Oportunidade Aberto
No Custo de Oportunidade Aberto o valor não é embutido automaticamente em uma operação. Diferentemente do custo de oportunidade escondido.
Custo de Oportunidade Ambiental
O Custo de Oportunidade Ambiental (COA) é uma forma de avaliar o dano ambiental causado por atividades humanas. É definido como o benefício que é perdido quando uma atividade prejudicial ao meio ambiente é realizada.
Nesse caso, uma alternativa pode ser investir em ESG, uma vez que o conceito tornou-se uma pauta obrigatória no mercado. Os investidores, antes focados no retorno financeiro dos ativos, passaram a considerar aspectos ESG em suas análises e decisões de investimento em ativos que possuem um foco para a consciência ambiental.
Confira algumas das opções de ativos ESG disponíveis no mercado brasileiro:
Títulos de renda fixa: Títulos Verdes, Sociais e Sustentáveis.
Ações: Ações de empresas sustentáveis, como Suzano (SUZB3), B3 (B3SA3), Natura (NTCO3), Klabin (KLBN11), entre outras.
ETFs: Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), Índice S&P/B3 Brasil ESG e o Índice Carbono Eficiente (ICO2).
Aqui estão mais fundos ESG para você conhecer!
Custo de Oportunidade Contábil
No Custo de Oportunidade Contábil, a relação está sobre o quanto uma empresa teve o seu lucro sacrificado por investir dinheiro em determinado recurso em detrimento de outro.
A Análise Fundamentalista dá atenção a esse tipo de informação contábil na hora de tomar uma decisão e se o ativo é interessante para compra ou não. Com foco no longo prazo, esse tipo de metodologia faz constantes análises sobre os balanços da companhia e sua saúde contábil.
Como calcular o Custo de Oportunidade
O Custo de Oportunidade é calculado a partir do benefício que se teria com a opção que não foi a escolhida. Exemplo: você compra um celular que custa R$4 mil e deixa de adquirir um computador, que custa R$4.500, aí você economiza R$500. Porém, mesmo economizando dinheiro, você pode estar perdendo a oportunidade de, por exemplo, utilizar o computador para ganhar dinheiro com um trabalho futuro.
Já no caso de investimentos financeiros, quem investe pode escolher a opção com rentabilidade mais alta. Para estabelecer o custo de oportunidade, é preciso considerar a taxa de rentabilidade do investimento que deixou de ser feito, para calcular o seu valor atualizado.
Assim, quanto maior a taxa de rentabilidade do outro investimento, menor é o valor do investimento em questão. Aqui, os índices financeiros mais usados como base de cálculo são as taxas Selic e CDI, te ajudando a descobrir se o seu investimento está tendo um retorno maior do que os custos de oportunidades a serem avaliados.
Custo de Oportunidade nos Investimentos
Na Renda Fixa, quando você tiver dois investimentos muito parecidos à disposição, a Taxa Selic e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são os indicadores que costumam guiar o custo de oportunidade.
A Taxa Selic está atrelada diretamente a produtos de investimentos com maior segurança, como o Tesouro SELIC, sendo utilizada como referência base para considerarmos o custo de oportunidade das demais aplicações financeiras.
Ex: se você investe em uma Ação que está se valorizando abaixo da taxa SELIC – mesmo com potencial de crescimento maior – você teve um custo de oportunidade de atrelar seu dinheiro a um investimento mais seguro e com maior rentabilidade.
Já na Renda Variável, vai depender do ativo. Para as Ações, utilize o Ibovespa. Para Fundos Imobiliários, o IFIX. E assim por diante.
Nem sempre é uma conta muito simples, pois é difícil prever movimentos de mercado que podem ser impactados por fatores como a economia mundial, performance da empresa, liquidez, entre outras interferências. Sendo assim, quanto mais consciência tiver na hora de fazer um investimento, melhor.
Para isso, você sempre vai poder contar com o apoio dos nossos especialistas e carteiras recomendadas. Inclusive, nossa carteira recomendada de Ações está sempre performando no top três do ranking do Valor Econômico, a Carteira Valor. Aqui a gente fornece informações suficientes para que você possa fazer escolhas muito mais assertivas.
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