Guia Completo: tudo sobre a Renda Fixa
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Guia Completo: tudo sobre a Renda Fixa

A alta da Taxa Selic somada a alta da inflação e, consequentemente do CDI, tornaram a rentabilidade dos ativos de renda fixa mais atrativa, colocando em destaque títulos públicos, bancários e de crédito corporativo. 

Mas, afinal, vale a pena investir nesse produto? Para responder a esta pergunta, elaboramos este Guia da Renda Fixa completo para você. 

Por aqui, apresentaremos a Renda Fixa, os principais investimentos, vantagens e riscos, além de maneiras para investir. Confira!

O que é Renda Fixa no mercado financeiro?
10 principais aplicações na Renda Fixa
Quais investimentos em Renda Fixa valem mais a pena?
Como simular o retorno dos investimentos na Renda Fixa?
3 passos para começar a investir na Renda Fixa
Como escolher uma corretora para você investir na Renda Fixa?
Quais são as principais diferenças entre Renda Fixa e Renda Variável?
Afinal, por que investir na Renda Fixa?

Ao término deste conteúdo, esperamos que você esteja mais preparado para entender como os ativos de Renda Fixa podem atender aos seus objetivos como investidor. Acompanhe!

O que é Renda Fixa no mercado financeiro?

A Renda Fixa representa uma categoria de investimentos cuja rentabilidade é fixada antes que o investidor inicie as suas aplicações.

Ela se divide em 3 categorias:

  1. Prefixada
  2. Pós-fixada 
  3. Híbrida

Os Títulos prefixados têm taxa de juros estabelecida no momento da aquisição do papel. O valor de remuneração desse título será sempre o mesmo, independentemente do cenário econômico. 

De maneira simplista, imagine um Tesouro Direto Prefixado negociado a 12,56% ao ano. No vencimento, esse será o rendimento recebido pelo valor aplicado. 

Claro que você conta a ajuda dos famosos Juros compostos que fazem com que seu investimento renda em cima do valor total e dos rendimentos obtidos ao longo do tempo.

Já os ativos pós-fixados têm os juros atrelados a um índice de referência, que faz com que a rentabilidade varie conforme ele. Por exemplo, um CDB que paga 102% do CDI. 

a Renda Fixa híbrida é uma junção das duas maneiras de retorno. Nela, é muito comum a utilização do IPCA como indexador. 

É o caso do Tesouro Direto IPCA+. Suponha que o título esteja negociado com rentabilidade anual de IPCA + 5,56%. Caso o IPCA seja de 12,13%, o investidor será remunerado a 17,69%, (isto é, 12,13% + 5,56%).

Observe que nos títulos pós-fixados e híbridos, o retorno financeiro varia segundo o índice a que a aplicação está atrelada.

Quais são as vantagens de investir na renda fixa?

Uma das principais vantagens da Renda Fixa é seu o baixo risco em comparação aos papéis de Renda Variável. Como a sua remuneração é definida no momento da aplicação, é natural que oscile menos.

Isso explica porque os Títulos de Renda Fixa são recomendados a todos os perfis de risco. Eles oferecem tanto opções de curto prazo, ideais para compor uma reserva de emergência, quanto aplicações de longo prazo, com melhores taxas de retorno.

E os riscos?

Ainda que a Renda Fixa seja considerada mais segura do que outras aplicações, ela também tem seus riscos. 

  • Risco de Crédito: a instituição emissora de um papel pode não pagar o valor acordado, por exemplo.
  • Risco de Liquidez: o prazo de vencimento pode não ser cumprido, especialmente dos ativos com prazos mais alongados. Uma negociação no mercado secundário desses tipos de títulos pode resultar em perdas financeiras. Por isso, atente-se aos prazos.
  • Risco de Mercado: o investidor não tem controle e como dimensioná-lo, pois este risco consegue impactar todo o mercado financeiro, como aconteceu com a crise causada pelo Covid-19.

10 principais aplicações na renda fixa

Agora que você já sabe as principais informações sobre a Renda Fixa, que tal conhecer alguns dos seus tipos de investimentos? Continue e confira:

  1. Títulos públicos

Os Títulos Públicos ou Tesouro Direto são papéis emitidos pelo Governo Federal para a arrecadação de dinheiro aos cofres públicos. Eles são assegurados pelo Tesouro Nacional e possuem alta liquidez. 

Esses títulos podem render juros ao investidor de maneira pós-fixada, prefixada e híbrida, através dos títulos abaixo: 

Tesouro Direto Selic 

O Tesouro Direto Selic é indexado à taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, e acompanha sua evolução, seja ela de alta ou de baixa

Essa taxa é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e pode ser acompanhada diretamente pelo site do Banco Central.

Tesouro Direto Prefixado 

Os títulos do Tesouro Direto Prefixado oferecem remuneração segundo uma taxa determinada no momento da aplicação. Diferentemente do Tesouro Selic, no Tesouro Prefixado o investidor tem a opção de receber juros semestrais. 

Tesouro Direto IPCA

O Tesouro Direto IPCA+ é o Título Público que rende juros atrelados à inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que pode ser conferido no site do IBGE.

Assim como o Tesouro Prefixado, no Tesouro IPCA+ o investidor pode receber o pagamento de juros semestrais, desde que o título escolhido ofereça esse benefício.

  1. CDB – Certificados de Depósito Bancário

Os Certificados de Depósito Bancário são títulos de Renda Fixa emitidos por instituições bancárias. Eles podem ser prefixados, pós-fixados e híbridos com rendimentos variados.

Os CDBs são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Dessa forma, os saldos de até R$250 mil reais por CPF ficam assegurados pela organização. 

  1.  LCA – Letra de Crédito do Agronegócio

As Letras de Crédito do Agronegócio, conhecidas pela sigla LCA, são emitidas por bancos com foco na captação de recursos financeiros destinados ao setor agrícola. Estas letras têm duas particularidades: são asseguradas pelo FGC e têm isenção do IR.

  1. LCI – Letra de Crédito Imobiliário

As Letras de Crédito Imobiliário  (LCIs) são títulos de Renda Fixa destinados ao setor de imóveis. Da mesma maneira que as LCAs, as LCIs são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos e não têm incidência do Imposto de Renda.

Ambas também possuem prazo de carência de 90 dias. A principal diferença entre elas é a destinação dos recursos, que no caso da LCI são para financiar o mercado imobiliário.

  1. Fundos de Renda Fixa

Os Fundos de Investimento em Renda Fixa são aqueles que concentram suas posições em ativos da Renda Fixa. A composição das carteiras é que determina se a rentabilidade será maior ou menor, pois, apesar de serem Fundos que concentram grande parte do patrimônio em ativos de Renda Fixa, possuem um pouco mais de liberdade de alocação.

E mesmo dentre os Fundos de Renda Fixa, alguns oferecem mais riscos que outros, como é o caso dos Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), que possuem maior Risco de Crédito. 

Em geral, as gestoras cobram taxas específicas para gerenciar os fundos, como taxa de administração e taxa de performance.

  1. Debêntures

De maneira resumida, as debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas de capital aberto ou fechado, listadas nas Bolsas de Valores, para captar recursos no mercado.

As chamadas Debêntures incentivadas contam com a isenção do Imposto de Renda. Elas são destinadas a setores estratégicos da economia, como o de infraestrutura.

  1. LC – Letra de Câmbio 

As Letras de Câmbio são títulos de crédito emitidos por financeiras, como sociedades de crédito, financiamento e investimento. Elas são cobertas pelo FGC e, contrário das outras letras mencionadas, são tributadas.

  1. CRI – Certificados de Recebíveis Imobiliários

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos lastreados em créditos imobiliários emitidos por securitizadoras. Eles representam outra forma de se investir no mercado de imóveis com isenção fiscal, porém sem a garantia do FGC.

  1. CRA – Certificados de Recebíveis do Agronegócio

Semelhantes aos CRIs, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) também são títulos de crédito, dessa vez, associados ao mercado agrícola. Eles também são isentos de IR e sem cobertura do FGC.

  1. Caderneta de Poupança

A famosa Caderneta de Poupança também é um ativo de Renda Fixa. Seu rendimento oscila conforme as variações da taxa Selic, acrescido da Taxa Referencial, a TR, e é creditado apenas no aniversário da aplicação. 

Na prática, funciona da seguinte maneira: 

  • Quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a remuneração da Poupança será de 0,50% mais a TR;
  • Quando a Selic estiver cotada igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da Caderneta será de 70% da taxa de juros mais a TR.

O saldo aplicado nessa modalidade de investimento é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito e isento do IR.

Vale reforçar que os ativos apresentados acima, como CDB, Fundos e LC, estão sujeitos à incidência de impostos, como o Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além de taxas diversas, como a Taxa de Custódia.

Quais investimentos em Renda Fixa valem mais a pena?

Depende! Como você pode conferir, a Renda Fixa é composta por uma variedade de produtos. 

O nível da remuneração de cada ativo está diretamente relacionado ao seu risco e ao prazo de vencimento. Por isso, é interessante conhecer o seu perfil de investidor para, então, definir quais dos títulos de Renda Fixa estão mais alinhados a você.

Investidores de perfil agressivo são mais dispostos a se expor ao risco em busca de ganhos maiores. Os moderados buscam equilíbrio entre remuneração e segurança. Já os conservadores, preferem garantir retornos estáveis.

Estabeleça objetivos para os seus investimentos. Propósito, prazos, metas e aportes são alguns dos fatores que devem ser considerados pelo investidor na escolha da aplicação.

Com essas informações em mãos, você certamente definirá com mais clareza e precisão quais são os ativos de Renda Fixa que valem mais a pena para sua carteira de investimentos.

Como simular o retorno dos investimentos na Renda Fixa?

Basicamente, a rentabilidade de uma aplicação em Renda Rixa é definida pela seguinte equação:

Rentabilidade =  Taxas de Rendimentos – Custos

A incidência dos impostos, por exemplo, varia de título para título. Normalmente, os investimentos de Renda Fixa são tributados segundo a alíquota regressiva do Imposto de Renda, mas alguns são isentos de IR.

Se preferir, você também pode utilizar o simulador do Tesouro Direto. Essa ferramenta permite estimar o retorno oferecido pelo Título Público e ainda compara com outros ativos da mesma categoria.

3 passos para começar a investir na Renda Fixa

Até aqui, conferimos o que é Renda Fixa e os seus principais títulos. Se você tem interesse nesse tipo de investimento, é hora de colocar em prática os conhecimentos adquiridos.

Para fazer aplicações em Renda Fixa, basta:

  1. Criar uma conta em uma corretora valores, como a MyCAP;
  2. Escolher os investimentos em Renda Fixa;
  3. Comprar os títulos que melhor atendem as suas necessidades e Perfil de Investidor.

Viu como é simples? Com apenas 3 passos, é possível se tornar um investidor de Renda Fixa.

Como escolher uma corretora para você investir na Renda Fixa?

A escolha da empresa que intermediará os seus investimentos é muito importante. Afinal, ela permitirá que você realize suas aplicações com segurança. Fique atento!

Para ajudar nesse processo de escolha, siga o passo a passo abaixo:

  1. Pesquise as corretoras de valores disponíveis no mercado;
  2. Verifique as condições para a abertura de conta, as taxas e demais custos cobrados;
  3. Analise o suporte oferecido pela instituição;
  4. Confira se a empresa opera títulos de Renda Fixa;
  5. Escolha a corretora que oferece o melhor custo-benefício para as suas aplicações.

Buscar avaliações, comentários e outras informações com clientes da empresa ou mesmo na internet também vale a pena.

Quais são as principais diferenças entre Renda Fixa e Renda Variável?

A grande diferença entre a Renda Fixa e a Renda Variável está exatamente na forma como os rendimentos são conquistados e o nível de exposição ao risco.

Na prática, pode-se dizer que:

  • Renda fixa — remuneração linear e risco menores;
  • Renda variável — remuneração variável e risco maiores.

Ações, Fundos Imobiliários, ETFs, Mercado Futuro e Câmbio são alguns dos principais ativos de Renda Variável. Esses papéis não têm remuneração definida e o seu grau de risco é maior.

Outra característica interessante é que alguns produtos de Renda Fixa também são negociados na Bolsa de Valores, a B3. 

Afinal, por que investir na Renda Fixa?

Mesmo os investidores mais arrojados podem reservar uma parte de suas aplicações para a Renda Fixa. Isso acontece porque essa modalidade de investimentos representa uma boa maneira para diversificar a sua carteira de ativos com um ótimo controle de segurança.

Os títulos mais seguros, ainda que com rendimentos menores, são uma forma interessante para amortecer ainda mais os riscos dos ativos mais arrojados e para a criação de uma reserva de emergência.

O que você precisa lembrar sobre a Renda Fixa 

Muita informação até aqui, não é mesmo? Que tal recapitular os principais pontos? Confira 5 coisas sobre a Renda Fixa que você não pode esquecer:

  1. A Renda Fixa é um tipo de investimento que pode ter rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida;
  2. Seus principais formatos são Títulos Públicos, Títulos de Crédito Privado, bancários ou corporativo, e Fundos de Investimento;
  3. Os papéis podem ter incidência de impostos e cobrança de taxas;
  4. Alguns ativos de Renda Fixa são isentos de IR, como a LCA/LCI, CRA/CRI, Debêntures Incentivadas e Caderneta de Poupança;
  5. Alguns títulos são cobertos, em até R$250 mil, pelo FGC, como CDB, LCA/LCI, LC e Caderneta de Poupança.

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